Prato de porcelana com bordo recortado, sem aba, com parede arredondada. Peça de porcelana branca, espessa decorada a azul-cobalto sob o vidrado incolor. Mostra no fundo motivos florais com um ramo central de maiores dimensões, em torno do qual se desenvolvem outros.
Esta decoração encontra-se delimitada por duplo círculo concêntrico a azul mais claro. A parede interna está decorada com pequenas reservas contendo elementos florais individualizados. No tardoz, a parede externa apresenta decoração idêntica à parede interna. O pé encontra-se delimitado no exterior por filete duplo, dentro do qual se desenvolve duplo filete concêntrico enquadrando a marca.
Datada da Dinastia Qing, reinado de Kangxi, importada de Cantão na China em meados do século XVII.
O contacto dos portugueses com a porcelana chinesa dá-se logo em 1498. Vasco da Gama, no regresso da primeira viagem marítima à Índia terá oferecido a D. Manuel peças cerâmicas trazidas do Oriente. Em 1513, com a chegada dos primeiros portugueses a Cantão, inicia-se um longo período de trocas comerciais que colocam Lisboa na rota das porcelanas e das sedas.
O fascínio pelo Oriente e por este tipo particular de cerâmica desenvolve-se de tal forma que vai moldar o gosto e influenciar definitivamente nas centúrias seguintes, tanto ao nível da gramática decorativa como ao nível cores, toda a produção de cerâmica artística nacional.
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