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Estátua de Sileno

Século I (57d.C.)

Mármore (Vila Viçosa)

MTR.ESC.0001

Esta estátua retrata Sileno, figura da mitologia greco-romana, tutor e companheiro de Baco (ou Dioniso, na cultura grega), deus da natureza, da fecundidade, do êxtase e do vinho. A posição reclinada, possivelmente segurando um odre na mão esquerda (o que é sugerido pelo orifício que se vê na mão), denota o estado ébrio como era frequentemente representado.

É patente a busca de efeitos naturalistas, nos volumes e pregas da barriga, nos caracóis do cabelo, nos pelos da barba e da zona púbica, onde o uso do trépano foi empregue. Esta técnica, aqui usada pontualmente, não denota grande cuidado no seu acabamento já que são notórios os pontos de desbaste.

Esta peça foi encontrada no Teatro Romano de Lisboa durante os trabalhos de reconstrução daquela área da cidade após o terramoto de 1755, inicialmente feitos por Manuel Caetano de Sousa e depois continuados pelo arquiteto italiano Francisco Xavier Fabri. Foi na mesma época recolhida outra estátua, que se encontra agora no Museu Nacional de Arqueologia; ambas teriam, provavelmente, ocupado a parte superior dos nichos retangulares do proscaenium. Voltadas para o mesmo lado, as duas estátuas podem indicar a existência de outras análogas, viradas em sentido inverso.

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© Museu de Lisboa