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DGPC propõe classificação do Teatro Romano de Lisboa como Monumento Nacional

11 fev 2022

A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) propôs esta quinta-feira, 10 de fevereiro, a classificação das Ruínas do Teatro Romano de Lisboa como Monumento Nacional, sítio arqueológico que faz parte do Museu de Lisboa - Teatro Romano.

A proposta, anunciada em Diário da República, e noticiada pela agência Lusa revela a intenção da DGPC de propor “a alteração do perímetro, a reclassificação como monumento nacional (MN) e a manutenção da zona especial de proteção (ZEP) das Ruínas do Teatro Romano de Lisboa”, com base numa proposta da Secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura, de 22 de setembro de 2021. O processo fica em consulta pública até 25 de março.

Esta iniciativa da DGPC é o culminar de um processo iniciado pelo Museu de Lisboa em maio de 2018, quando foi feito o pedido de reclassificação do imóvel, classificado como Imóvel de Interesse Público desde outubro de 1967.

A nova classificação abrangerá, de igual modo, as estruturas arqueológicas não musealizadas situadas a norte da Rua de São Mamede, assim como as estruturas musealizadas que se encontram no interior do museu.

Construído no século I, o Teatro Romano perdeu a sua função e com o passar do tempo acabou por ser absorvido por diversas construções que se sobrepuseram ao monumento pelo crescimento da cidade, perdendo-se a sua memória. Foi na sequência dos trabalhos de reconstrução após o terramoto de 1755 que foram descobertos os primeiros vestígios do Teatro Romano de Lisboa.

Apesar da descoberta, novos edifícios voltaram a ser edificados e só na década de 1960 se voltou a falar do monumento quando, em 1964, se procedeu a sondagens no interior de um dos edifícios sobrepostos ao teatro o qual mantinha, no r/c, fustes de coluna romanos.

Desde então, o estudo do Teatro Romano e da sua zona envolvente progrediu. Entre 1964 e 1971, a Câmara Municipal de Lisboa comprou e expropriou sete edifícios adjacentes, com vista à sua demolição para permitir a escavação. Nas décadas seguintes, foram realizadas várias campanhas de escavação, pondo a descoberto aquilo que se estima ser uma área superior a um terço da dimensão total do monumento.

Saiba mais sobre o Teatro Romano 

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© José Avelar/Museu de Lisboa