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Museu de Lisboa distinguido pela APOM

11 dez 2020

O Museu de Lisboa foi distinguido pela APOM – Associação Portuguesa de Museologia, com três prémios e duas menções honrosas, na 25.ª cerimonia dos Prémios APOM, realizada online, no dia 10 de dezembro.

Na categoria Prémio Investigação, o Museu de Lisboa recebeu dois prémios com obras publicadas em 2019: «Coletânea de Estudos Antonianos» e «Irisalva Moita. Um percurso Fotobiográfico».

No primeiro caso, trata-se da primeira publicação do Centro de Estudos e Investigação de Santo António do Museu de Lisboa - Santo António e reúne os principais artigos escritos por Henrique Pinto Rema, investigador e antonionista que desde 1950 estuda e escreve sobre Santo António nas suas mais diversas vertentes.
Obra de referência, contém textos eruditos e de divulgação generalista, permitindo dar a conhecer em profundidade a complexidade do fenómeno antoniano e da devoção a Santo António de Lisboa que se encontra espalhado por todo o mundo.

«Irisalva Moita. Um percurso Fotobiográfico», publicada em maio de 2019, é uma monografia sobre a vida e a obra de Irisalva Moita, personalidade relevante nas áreas da museologia, olisipografia e arqueologia, que veio preencher uma lacuna pois sobre a sua obra apenas tinham sido realizados alguns trabalhos pontuais; e sobre a sua vida pouco ou nada tinha sido dito. O livro inclui 25 testemunhos de familiares, amigos e pessoas que com ela conviveram e trabalharam, e duas entrevistas de Irisalva Moita, por ela concedidas já no final da sua vida. Em paralelo, apresenta todo um trabalho de recolha e seleção de imagens, maioritariamente inéditas e muitas delas cedidas pela família, bem como trabalho de investigação, realizado em bibliotecas e arquivos, onde foram consultadas fontes periódicas e documentais, também elas na sua grande maioria inéditas.

O Museu de Lisboa venceu também o Prémio Trabalho em Museologia com outra obra editada em 2019: «Devoção e Fé. Registos em azulejo na cidade de Lisboa», monografia sobre os registos de santos em azulejo da cidade de Lisboa (do século XVII até à atualidade), que resulta de uma década de investigação, período ao longo do qual a cidade sofreu grandes transformações que tiveram como consequência o desaparecimento a um ritmo alarmante de muitos destes painéis de azulejos, destruídos, roubados, vandalizados.

A obra integra um vasto corpus ilustrado, o primeiro até agora realizado sobre registos em azulejos, que contempla 564 registos, desde o século XVII até cerca de 1835. Organizado com grande rigor, identifica e localiza os painéis, disponibilizando outras informações que complementam os exemplares inventariados. Este trabalho constitui, assim, uma ação direta de salvaguarda do património da cidade, não só pelo seu registo e estudo, mas também pela sua divulgação pública. 

Destaque ainda para duas menções honrosas conquistadas pelo Museu de Lisboa. O catálogo «Convivência (s). Lisboa Plural», relativo à exposição homónima apresentada pelo Museu de Lisboa entre 24 de maio e 15 de dezembro de 2019, foi distinguido na categoria Prémio Catálogo e o Festival Estes Romanos Estão Loucos, realizado no Museu de Lisboa - Teatro Romano entre os dias 13 e 15 de setembro de 2019, recebeu menção honrosa na categoria Inovação e Criatividade.

A edição deste ano dos Prémios APOM contou com 208 candidaturas e um total de 86 nomeados nas 31 categorias a concurso.

É com muita satisfação que o Museu de Lisboa vê o seu trabalho reconhecido pela APOM, tendo o Museu de Lisboa sido, desta vez, dos museus mais premiados.

Irisalva Moita. Um percurso fotobiográfico.png

© Museu de Lisboa