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O Milagre do Riso. Santo António por Bordalo

24 fev 2022 — 22 mai 202210h – 18h

3 € (inclui entrada no Museu)

Bilhetes disponíveis em Blueticket.pt

Inauguração: 23 FEV | 18h30

Entrada livre mediante inscrição: reservas@museudelisboa.pt

 

O Museu de Lisboa - Santo António apresenta a exposição «O Milagre do Riso. Santo António por Bordalo», entre 24 de fevereiro e 22 de maio. Numa parceria com o Museu Bordalo Pinheiro, a mostra revela o «feliz encontro entre o artista mais divertido e o santo mais querido».

Quando se fala em Rafael Bordalo Pinheiro é inevitável pensar-se no Zé Povinho, a figura popular criada pelo caricaturista em 1875. O que muitos não sabem é que a primeira representação do Zé Povinho saiu do punho de Rafael Bordalo Pinheiro quando criou o desenho P’rá cêra de Sant’Antó, publicado a 12 de junho de 1875 n’A Lanterna Mágica, primeiro jornal satírico lançado pelo caricaturista. Foi o início de uma longa e estreita relação entre Bordalo e Santo António, como evidencia a exposição.

«A forte presença de Santo António na obra de Bordalo Pinheiro permite-nos compreender a importância do santo na cultura portuguesa ao longo do tempo. A utilização da imagem de Santo António na crítica política confirma a sua popularidade e reconhecimento, e muitas das festas e tradições dedicadas ao santo, que Bordalo tão bem ilustrou, chegaram até aos nossos dias», salienta Pedro Teotónio Pereira, coordenador do Museu de Lisboa - Santo António. 

A intemporalidade do traço de Rafael Bordalo Pinheiro é também sublinhada por Pedro Teotónio Pereira: «Os desenhos de Santo António de Bordado Pinheiro e dos seus mais próximos colaboradores revelam-se inesperadamente atuais e ilustram gestos e rituais profundamente marcantes na identidade de ser lisboeta

João Alpuim Botelho, diretor do Museu Bordalo Pinheiro, destaca a inspiração que Santo António teve na obra do artista: «Rafael Bordalo Pinheiro alimentava a veia humorística com que preenchia as páginas dos seus jornais a partir do que vivia no dia a dia. Lisboeta nascido, no mês de junho as festas populares e a devoção ao Santo António eram um dos seus temas de eleição: inspirando-se na festa e nas tradições associadas ao culto do Santo, empenhava-se na criação de divertidas metáforas que satirizavam a vida social e política do nosso país». «Foi um feliz encontro, este que partilhamos com o visitante, entre o artista mais divertido e o santo mais querido. Um Milagre do Riso!», assinala ainda o diretor do Museu Bordalo Pinheiro.

Organizada em três núcleos – 7.º Centenário de Santo António (1895), Os Santo Antónios da política e As Festas de Lisboa –, a exposição apresenta o santo lisboeta sob o olhar jocoso de Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905), sobretudo através da sua obra gráfica, incluindo também peças de cerâmica idealizadas pelo artista e por Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro (1867-1920) e Celso Hermínio (1871-1904).

 

 

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© Museu Bordalo Pinheiro

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© José Avelar/Museu de Lisboa

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© José Avelar/Museu de Lisboa

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© José Avelar/Museu de Lisboa

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© José Avelar/Museu de Lisboa

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© José Avelar/Museu de Lisboa

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© Museu Bordalo Pinheiro