Antígona no Teatro Romano
Este espectáculo, com encenação de André Murraças, leva ao cenário natural do Teatro Romano um texto pertinente numa leitura poética e acessível, com um elenco composto pelos atores Cláudio de Castro, João Duarte Costa, Leonardo Proganó, Vítor Alves da Silva e Vítor Silva Costa.
Antígona, de Sófocles, é uma história antiga sobre temas atuais. Antígona é uma mulher lutadora, que quer enterrar o irmão morto na guerra mas o estado opõe-se por considerá-lo indigno. Ele é visto com um traidor da cidade e era costume para tais crimes deixar-se o corpo insepulto. As consequências para a família são imensas. Com o seu gesto transgressor, Antígona muda a mentalidade de Creonte - o então rei e tirano, que depois da morte do seu filho e esposa, percebe tarde demais que errou.
A tragédia de Sófocles tem como fundo a guerra na cidade de Tebas para questionar o papel daqueles que se julgam superiores aos outros: quem deve decidir sobre o indivíduo? É por isso um texto que nos fala do papel das leis na sociedade e da sua importância na democracia.
Este texto é fundamental e atual por abordar ainda outras tantas questões, sendo, por exemplo, extremamente progressista na dramaturgia de então, o seu autor problematizar o papel da mulher na sociedade. Ele é dos primeiros escritores a humanizar de tal forma as personagens que elas ganham vontade própria e decidem por si mesmas, indo contra as leis divinas e do estado.
Antígona é um espectáculo que fala dessa relação dos humanos com os deuses, e das leis do estado com os cidadãos. Sófocles procura saber como a lei deve ser eficaz para todos e preservar a liberdade individual.
Uma coprodução Teatro do Vão e Museu de Lisboa - Teatro Romano
Ficha técnica
Texto Sófocles
Encenação, dramaturgia, cenografia e figurinos André Murraças
Atores Cláudio de Castro, João Duarte Costa, Leonardo Proganó, Vítor Alves da Silva e Vítor Silva Costa
Costureira Alda Cabrita
Produtora Diana Almeida
Produção Teatro do Vão d´Escada
Um espectáculo Um Marido Ideal
Agradecimentos Miguel Abreu/Cassefaz
© José Avelar/Museu de Lisboa