Maria João Matos & Zé Soares

Maria João Matos canta da mesma forma natural e sem artifícios com que vive a gratidão apaixonada de cada nota emitida. Parece ser isso que lhe dá profundidade à voz, reforçando um magnetismo pessoal que não se esquece.

Em Zé Soares, o jazz é uma paixão que se perpetua como busca constante e incessante: da criação de novas músicas, de aperfeiçoamento técnico, de abertura a experiências outras artísticas. Porque quando o jazz é uma forma de vida, é preciso construir nele uma casa, com portas, janelas, jardim, paisagem e os caminhos vários para lá chegar.

Em todo o caso – sem surpresa – foi em torno da música de jazz que a voz de Maria João Matos e a guitarra de Zé Soares se encontraram. Volta e meia – como aqui, na Hora de Baco – é o jazz que faz com que os seus caminhos se cruzem, criando momentos chill out que não deixam lugar para a indiferença da espuma dos dias.

BIOGRAFIAS

Maria João Matos vive intensamente a sua propensão musical, desdobrando-se como cantora e professora de música, expressão e técnica vocal. E também a sensibilidade que aplica na dinamização de atividades de baby yôga e yôga kids. Ensina música, nas suas diversas vertentes, desde 2005, integrando o projeto «Escola da Floresta», no Colégio Pimpolhos e Pirulitos (Setúbal).

Nasceu em Lisboa em 1985 e cedo percebeu que o seu caminho estaria ligado à música. Frequentou o ensino de diversos professores conceituados na área da Guitarra Clássica, Canto Jazz, Voz, Técnica Vocal e Big Band. Desde 2004 que integra, como cantora, várias formações musicais. Gosta de recordar a sua passagem pelo programa Fator X, em 2014. 

Zé Soares é licenciado em Jazz pela Universidade de Évora, onde leciona a disciplina de guitarra jazz, como professor convidado e frequenta o mestrado em interpretação e performance jazz. Atualmente a sua música, aproxima-se mais do conceito de música global.

Compositor na área do jazz, Politonia é o nome do projeto musical que formou, já com 2 CD editados: Lisboa (1999) e Periférico (2004). Em trio com Gonçalo Leonardo (contrabaixo) e Bruno Pedroso (bateria), em 2014, gravou Silêncio. Destaque ainda para a sua participação com alguns dos nomes importantes da cena jazzística e World Music de Portugal e do estrangeiro: Dulce Pontes, Melissa Walker, Massimo Cavalli, Carlos Barreto, Alexandre Frazão, Eduardo Lopes, Yuri Daniel, Ale Damasceno, Johannes Krieger, Guto Lucena, Joaquin de la Montana, Maria Viana, Maria Anadon, entre muitos outros. As participações com a artista plástica e performer São Nunes, em projetos de pintura e música e também com teatro dança, apontam para novos horizontes e concetualização mais transdisciplinares.